A palavra "orientação" nasceu das antigas excursões
ocidentais em busca do oriente. Do francês orienter, do latim orientis:
"parte do céu em que nasce o sol". A palavra se refere à busca
do oriente como destino final (orientalização), lugar a se encontrar e
desbravar.
Hoje a palvra pode ter alguns significados distintos, mas com a mesma
linha de raciocínio. Um conselho, um ensino, uma instrução, podem ser vistos
como orientações. Da mesma forma, um interesse, uma inclinação à algo, uma
propensão, podem ser sinônimos de uma orientação. Um indivíduo que quer seguir
determinada direção, rumo ou sentido, utilizando técnicas geográficas,
astronômicas, utilizando a própria natureza, ou com uso de instrumentos como uma bússola, mapa ou receptor
GNSS, etc., está praticando, também, o que chamamos de orientação.
Na orientação geográfica, hoje, não se tem como objetivo
descobrir ou desvendar o oriente. Esse tipo de orientação, atualmente, está
relacionada a direções a serem seguidas, mais usualmente através de azimutes ou
rumos. Saber onde está é essencial para saber para onde quer ir e que caminho
seguir. Nos orientamos todos os dias, seja para ir da sala ao banheiro, do
quarto para a cozinha, de casa para o trabalho, ou numa trilha, até chegar na
cachoeira. Se orientar é uma necessidade para praticamente todo ser vivo. Para
se entender melhor as técnicas de orientação (no âmbito mais cartoráfico), é
necessário que se tenha algum conhecimento básico sobre ângulos (abertura entre
duas semirretas que tem origem no mesmo ponto) e sobre a rosa dos ventos.
O azimute é o ângulo formado entre o Norte e
o alinhamento. Faz-se uma volta completa de 360°. O azimute varia,
consequentemente, de 0° a 360°, sendo contado no sentido horário. Qualquer
valor entre 0° e 360° pode ser um azimute, sendo este, desse modo, uma direção
e sentido angular de referência.
Já o rumo é o menor ângulo formado entre a linha Norte
e Sul e o alinhamento. Para se definir um rumo, sua contegem deve começar
do Norte ou do Sul, variando 90° para Leste ou para Oeste. Ou seja, se difere
do azimute que se inicia no Norte (0°) e termina nele mesmo (360°). A contagem
do rumo pode se inciar tanto no Norte quanto no Sul. Desse modo o rumo não é somente
um valor de um ângulo em graus. É o valor do ângulo em graus, que varia de 0° a
90°, somado ao quadrante em que se encontra (Nordeste - NE; Sudeste - SE;
Sudoeste - SO/SW; Noroeste - NO/NW).
Quando se passa a informação de um azimute é suficiente dizer apenas o
ângulo (por exemplo: 36°, ou 94°, ou 142°, ou 332°). Já quando se passa a
informação de um rumo faz-se necessário dizer o ângulo e o quadrante (por
exemplo: 45° NO, ou 37° SE, ou 3° NE, ou 89° SO). Vale lembrar que o ângulo no
rumo varia somente de 0° a 90° e o azimute de 0° a 360°.
A rosa dos ventos consiste numa figura semelhante ao
que imaginamos ser uma estrela, representando divisões e subdivisões nos
ângulos de 0° a 360°, de modo que os pontos cardeais, colaterais e
sub-colaterais correspondem a angûlos específicos. O conhecimento da rosa dos
ventos auxilia bastante na orientação.
Pontos cardeais e ângulos correspondentes:
- N - NORTE - 0°
- L - LESTE - 90º
- S - SUL - 180°
- O - OESTE - 270°
Pontos colaterais e ângulos correspondentes:
- NE - NORDESTE- 45º
- SE - SUDESTE - 135º
- SO - SUDOESTE - 225º
- NO - NOROESTE - 315º
Pontos sub-colaterais e ângulos correspondentes:
- NNE - Nor-Nordeste -
22,5º
- ENE - Lés-Nordeste -
67,5º
- SSE - Su-Sudeste -
157,5º
- SSO - Su-Sudoeste -
202,5º
- OSO - Oés-Sudoeste -
247,5º
- ONO - Oés-Noroeste -
292,5º
- NNO - Nor-Noroeste - 337,5
A utilização de cartas topográficas na orientação não é
tão comum, considerando a sociedade de forma universal. No entanto, quando não
se tem tecnologia, ou quando acaba a bateria do receptor GNSS (popularmente
chamado GPS), uma carta topográfica e uma bússola podem te levar longe e com
considerável segurança, desde que saiba usá-los. Em cartas topográficas é
possível encontrar diversas informações, como por exemplo: limites
internacionais, estaduais, municipais etc.; estradas ferrovias, hidrovias;
vegetação; hidrografia; construções; altimetria; escala; sistema de referência;
sistema de projeção; declinação magnética, convergência meridiana etc.. Vamos fazer
um teste. Tente encontrar essas informações nesta carta topográfica.
Não se esqueça de por em prática o que aprendeu!
Segue em frente e Te Orienta!
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Referências
Veja também: Orientação é uma necessidade!
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