Kailash, o monte que aponta para o NORTE!

Kailash (Kangrinboqê), conhecido como o eixo do mundo é, sem dúvida, um espaço sagrado em meio a uma enorme região de natureza sagrada para os tibetanos budistas. O Kailash, porém, é um espaço sagrado para outras religiões mundiais, como o hinduísmo, por exemplo. Para os hindus, o monte é o lar do deus Shiva, destruidor do mal, que lá permanece em eterna meditação. Para o povo tibetano (budista) o monte é morada do representante da suprema felicidade, Buddha Demchok. 


A montanha é composta por quatro faces que são viradas para os quatro cantos da Terra, alinhadas com a bússola, e de cada uma dessas faces acredita-se que sai um rio que vai cada um para um dos quatro cantos da Terra.
Alguns dos rios que nascem do Kailash são: o Yarlung, que se torna o Brahmaputra da Índia; o Indus e Sutlej que banham o Paquistão; o Karnali, um dos mais importantes afluentes do Ganges. 

Aponta para o Norte e nunca foi escalado


O Monte Kailash é o local da mais importante peregrinação do Tibete. É tão sagrado que os tibetanos nunca permitiram que fosse escalado e ninguém nunca conseguiu, mesmo sem a “proibição” dos tibetanos e do governo chinês. A montanha possui altitude de 6638 metros, 2210 a menos comparado com o Everest (8848 metros) e 3643 metros a mais do que o Pico da Neblina, ponto mais alto do Brasil.
Para os budistas há a crença de que não é necessário o ato de enterrar os corpos dos mortos, uma vez que a morte é apenas uma porta para uma nova vida. Na peregrinação do Kailash, então, é feito um grande funeral. Nesse caso, a palavra funeral para os tibetanos budistas significa “dar alimento às aves”. Nesse ato estariam contribuindo para uma melhor vida aos outros seres, sendo que estão alimentando-os. Fazê-lo aos pés do Kailash é uma grande oportunidade para que se alcance a iluminação (o clímax do estado de espírito do indivíduo para a crença budista). 


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