Dia Internacional da Tartaruga - Projeto TAMAR



O nome do Projeto (TAMAR) vem de TArtaruga MARinha. É um projeto que visa a qualidade e manutenção da vida na natureza, trabalhando especificamente com a preservação das tartarugas marinhas. No final da década de 1970 as tartarugas já integravam a lista de animais ameaçados de extinção. Esses animais estavam desaparecendo por causa da caça de fêmeas, coleta de ovos, acidentes com pesca e outras fatalidades e incidentes. Nessa época, no Brasil, não havia nenhum trabalho que fosse em prol da conservação marinha.

No sul do país um grupo de estudantes da Faculdade de Oceanografia da FURG (Universidade Federal do Rio Grande) organizava uma expedição às praias desertas e distantes. Nessa expedição os estudantes presenciaram cenas horríveis de alguns pescadores matando várias tartarugas.

Essa expedição causou naquele grupo de estudantes um desconforto com o quadro de conservação marinha vigente. O quadro ajudou a mostrar a necessidade da proteção do ecossistema marinho. Sendo assim, a Faculdade de Oceanografia se tornou pioneira, de modo que passaram a se dedicar à conservação marinha.

Fonte: Projeto TAMAR

O projeto TAMAR se iniciou em 1980. Hoje o projeto é conhecido internacionalmente e é visto como uma das mais bem-sucedidas formas de conservação marinha. O projeto TAMAR trabalha, inclusive, com as comunidades costeiras fazendo um trabalho socioeconômico.

O nome TAMAR foi escolhido através da combinação da primeira sílaba das duas palavras "tartaruga" e "marinha". Essa abreviação ajudou também na hora de identificar as tartarugas com uso das plaquinhas de metal.

A principal missão do Projeto é a pesquisa, manejo e conservação das cinco espécies de tartarugas marinhas do Brasil, e com isso, proteger as desovas e promover a sobrevivência e recuperação dessas espécies. A missão do TAMAR está presente em um pouco mais de 1000km de praias, estando localizado em 26 áreas onde são encontrados esses animais, que é composto pelo litoral e ilhas oceânicas, com isso, encontra-se em nove estados brasileiros.

Antes de falar um pouco mais dessas espécies de tartaruga vai aí uma pergunta: Qual a diferença da tartaruga para o jabuti? Pensou aí?! Então as tartarugas possuem os membros em formato de nadadeira e mais existem tartarugas de água doce e de água salgada. Das sete espécies registradas do mundo de tartarugas marinhas cinco delas foram registradas aqui no Brasil, então vamos conhecer um pouco delas.

Tartaruga cabeçuda (ou mestiça) (Caretta caretta)


A tartaruga cabeçuda (ou mestiça) ela está classificada como ameaçada. Você pode encontra-la nos mares tropicais e subtropicais e também em águas temperadas. Podem chegar até 136 centímetros e em média pesam 140 kg, e sua alimentação está situada em profundidades de 25 e 50 metros.

Sua carapaça apresenta cinco pares de placas laterais, isso é o que diferencia das outras espécies.  Ela apresenta uma cabeça grande e suas nadadeiras dianteiras são curtas e grossas e com unhas e as posteriores possuem duas a três unhas. Essas tartarugas são carnívoras e suas desovas estão localizadas no Espirito Santo, Bahia, Sergipe e o litoral do Rio de Janeiro.

Tartaruga de Pente (Eretmochelys imbricata)


A tartaruga de Pente é considerada criticamente ameaçada, ela é considerada mais tropical, prefere recifes de corais e águas mais costeiras e raras, mas pode ser encontrada em águas profundas. Pode chegar até 110 centímetros (comprimento curvilíneo da carapaça) e em média pesa 86 Kg. Apresenta em sua carapaça placas laterais de cor marrom e amarelada.

Sua alimentação consiste de esponjas, anêmonas, lulas e camarões, por apresentar uma cabeça pequena e um bico estreito isso ajuda a procurar comida nas fendas dos recifes de corais.  Sua desova se encontra no litoral do norte da Bahia e Sergipe e no litoral sul do rio Grande do Norte.

Tartaruga de Couro (ou Gigante) (Dermochelys coriácea)


A Tartaruga de Couro é classificada como criticamente ameaçada no Brasil. Essa tartaruga tem distribuição em todos os oceanos tropicais e temperados do mundo. Ela pode medir 178 cm de comprimento curvilíneo de carapaça e, em média, 400 kg. Suas nadadeiras dianteiras podem atingir mais de 2 metros. Sua alimentação é composta de zooplânctons. A área de desova que possui regularidade no Brasil é a do litoral do Espírito Santo, próximo à foz do Rio Doce.

Tartaruga de Couro (ou Gigante) (Dermochelys coriácea)

 
A Tartaruga Verde é classificada como vulnerável no Brasil. Ela pode ser encontrada em mares tropicais e subtropicais e em águas costeiras das ilhas. Pode chegar a até 143 cm de comprimento curvilíneo de carapaça, pesando em média 160 kg. Seu casco possui quatro pares de placas laterais de cor verde ou verde acinzentado escuro. Quando mais jovens apresentam coloração marrom. Suas nadadeiras apresentam unhas visíveis. Sua dieta varia; quando filhote é classificada como onívora, tornando-se herbívora a partir dos 25 a 35 cm de casco. As áreas de desova são: Arquipélago de Trindade e Martim Vaz; REBIO do Atol das Rocas; PARNA Marinho Fernando de Noronha.

Tartaruga Verde (ou Aruanã) (Chelonia mydas)


A Tartaruga Oliva é classificada como ameaçada no Brasil, sua distribuição é nos mares tropicais e subtropicais, oceano pacífico e Índico. No Atlântico ocorre na América do Sul e na costa oeste da África. Seu habitat são principalmente águas rasas, mas também é encontrado em mar aberto. Tem em média 72 centímetros de comprimento curvilíneo de carapaça e pesa média de 42 kg. Essa tartaruga é carnívora se alimenta de salpas, peixes, moluscos, crustáceos, água viva, ovos de peixes e eventualmente algas. Sua área de desova está localizada desde o sul de Alagoas, passando por Sergipe até o litoral norte da Bahia.


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